domingo, 17 de maio de 2009

Onde vive a grande diferença do Manchester United.


Faltou o gol. O que importa um deles, com o pé ou com a cabeça, golaço, gol chorado? Que falta faz a rede balançando quando o 0 a 0 é tudo o que importa na ante-sala do título?

O empate alcançou o Manchester United em Old Trafford, o Arsenal foi melhor na partida decisiva, mas o resultado cimenta o tricampeonato na Premier League.

O teatro dos senhos encontrou a torcida do United em absoluto estado de graça. O título é o décimo oitavo da liga inglesa. O Liverpool não pode mais gritar na Inglaterra que tem mais troféus que todos no campeonato mais legal do planeta, uma dádiva aos fãs do futebol. O United tem os mesmos 18, 18 pints de cerveja é quase nada na primavera da cinzenta Manchester.

O Liverpool lutou como um leão pela liderança em diferentes rodadas, mas parou nos muros dos império econômico do inimigo número 1. O United tem mais dinheiro, mais jogadores qualificados e um técnico que o mundo do futebol não produz em série. O Chelsea errou com Felipão, acertou tarde demais com Hiddik e o Arsenal, outra vez, ficou atrás com um time jovens demais.
Sir Alex Ferguson como técnico do United, 11 troféus da liga no armário, fora os dois títulos da Champions League, é o nome próprio do clube mais famoso do planeta – tanto que a a maioria dos seus torcedores vive longe das ilhas britânicas.

Ele estro das grandes vitórias, é o organizador do time, é o que gosta do jogo bem jogado, de um ataque goleador. Prefere o coletivo, saúda a individualidade, mas manda Cristiano Ronaldo marcar, voltar, se preciso até a lateral da grande área.

Seu Segredo está na constante renovação, da busca incessante de jovens e qualificados jogadores a cada temporada, na preservação do experiente que ainda tem tesão pelo jogo de bola. Renovar para se tornar cada vez melhor. Renovar para continuar reinando.

Ferguson navega nos títulos, mas sabe que as águas são traiçoeiras. Seus 11 nunca são apenas 18. Eles está sempre mirando o futuro.

Ferguson nas suas entrevistas fala muito em concentração durante os 90 minutos. Jogadores ligados, focados, sem desviar o pensamento.

Ou como ele mesmo disse numa recente entrevista ao jornal espanhol El Pais: "A concentração é sempre uma mensagem importante nas minhas conversas. Quando os jogadores saem do vestiário, sempre é a última coisa que falo. O futebol é cada vez mais um jogo de xadrez e no xadrez, se você perde um minuto de concentração, creia, você morto. No banco, eu tenho que me concentrar só na minha equipe. Há só um truque: gosto que o técnico adversário faça as mudanças primeiro. Isto me permite vê-lo...".

Ferguson vê o que não vemos, enxerga na frente, observa antes. É uma lenda. É o melhor técnico do mundo. Todos querem beber uma cálice da sua sabedoria

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