A final da Liga dos Campeões reúne nesta quarta-feira, em Roma, os dois times mais badalados do futebol mundial no momento: Manchester United, atual vencedor do torneio, e o Barcelona. Se o duelo pessoal que salta aos olhos é entre Cristiano Ronaldo e Messi, no caso de a decisão ir para os pênaltis os protagonistas passam a ser outros, mais precisamente, os goleiros. No lado inglês, está o veterano Van der Sar. No espanhol, Victor Valdés. Se forem levados em consideração apenas os currículos dos dois arqueiros em decisões por penalidades, os Diabos Vermelhos aparecem com grande vantagem. Para o torcedor do Manchester, a memória mais importante de Van der Sar, 38 anos, se deu justamente na final da Champions League no ano passado, contra o Chelsea, quando o holandês defendeu a cobrança decisiva, de Anelka, e garantiu o título ao time de Alex Ferguson. Por outro lado, Victor Valdés, 27 anos, jamais defendeu o Barcelona numa decisão por pênaltis de grande torneio. Profissional desde 2002, o goleiro da equipe catalã não teve oportunidades para mostrar suas habilidades em defesas de penalidades máximas. Van der Sar, por outro lado, tem experiência de sobra nas costas. O goleirão esteve em ação em ao menos sete decisões por pênaltis muito importantes ao longo de sua carreira. Seu saldo é positivo: quatro vitórias e três derrotas.
O holandês começou a brilhar na final do Mundial Interclubes de 1995, quando defendeu a cobrança do gremista Dinho e garantiu o título ao Ajax. No ano seguinte, entretanto, Van der Sar viu seu time perder a final da Liga dos Campeões para o Juventus, sem fazer uma defesa sequer. Na Copa do Mundo de 1998, o goleiro voltou a ficar sem ver a cor da bola na semifinal contra o Brasil, que avançou à decisão e despachou a Laranja Mecânica. O problema, por sinal, não era Van der Sar, e sim da seleção da Holanda. Em 2000, nas quartas de final da Eurocopa, contra a Itália, foram cinco cobranças desperdiçadas ao todo (duas no tempo normal e três na decisão por pênaltis). Van der Sar ainda defendeu o chute de Maldini, mas a Azzurra se classificou.
O holandês começou a brilhar na final do Mundial Interclubes de 1995, quando defendeu a cobrança do gremista Dinho e garantiu o título ao Ajax. No ano seguinte, entretanto, Van der Sar viu seu time perder a final da Liga dos Campeões para o Juventus, sem fazer uma defesa sequer. Na Copa do Mundo de 1998, o goleiro voltou a ficar sem ver a cor da bola na semifinal contra o Brasil, que avançou à decisão e despachou a Laranja Mecânica. O problema, por sinal, não era Van der Sar, e sim da seleção da Holanda. Em 2000, nas quartas de final da Eurocopa, contra a Itália, foram cinco cobranças desperdiçadas ao todo (duas no tempo normal e três na decisão por pênaltis). Van der Sar ainda defendeu o chute de Maldini, mas a Azzurra se classificou.
A Holanda finalmente desencantou em cobranças de pênaltis na Euro-2004. Van der Sar espalmou a cobrança do capitão sueco Mellberg e classificou a Laranja Mecânica para a fase semifinal do torneio. Foi a primeira vez na história do futebol holandês que a seleção venceu uma decisão por pênaltis em torneios de primeira linha. A partir daí, Van der Sar não parou de brilhar por clubes. No Fulham, notabilizou-se por defender muitos pênaltis, mas durante os jogos do Campeonato Inglês. No Manchester, o holandês é só alegria. O bom desempenho começou na final da Supercopa da Inglaterra de 2007, quando Van der Sar defendeu as três cobranças efetuadas pelo Chelsea. Depois, o ponto mais alto se deu na final da Liga dos Campeões de 2008, também contra os Blues. Ao voar para defender o chute de Anelka, Van der Sar transformou-se no herói do título. Quanto a Valdés, a esperança geral em meio aos torcedores culés é de que não haja necessidade de fazer o primeiro grande teste do goleiro, que nunca defendeu a seleção da Espanha, em decisões por pênaltis. O Barça é traumatizado quando o assunto são penalidades. Quem explica é Joaquim Piera, correspondente no Brasil do diário catalão "Sport".
- O barcelonismo não tem estrutura suficiente para chegar a uma decisão por pênaltis, sobretudo os torcedores mais velhos, que têm trauma desde a final da Champions em 1986, quando o Barça foi incapaz de converter uma cobrança (Steaua foi campeão). Em 1992 (na final contra o Sampdoria), quando todos já imaginavam pênaltis, apareceu a bomba de Koeman no minuto 111, que acabou com todos os traumas. O Barça sabe que suas chances de ganhar são em 90 minutos ou na prorrogação - disse Joaquim Piera. O Barça, de fato, não costuma decidir muito seus jogos por pênaltis. Na história recente, a última vez que foi preciso apelar às penalidades para decidir o vencedor de um jogo do Barcelona foi na final da Copa da Catalunha de 2007. O Barça, com time reserva, venceu o Espanyol. Naquele dia, o goleiro em ação não era Valdés, e sim Jorquera, que não fez uma defesa sequer (o Espanyol bateu um pênalti para fora).
Fonte:www.globoesporte.com
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